segunda-feira, 29 de agosto de 2011

EBX pode elevar investimentos a US$50bi em 10 anos

Por Aluísio Alves e Guillermo Parra-Bernal


CAMPOS DO JORDÃO (Reuters) - O grupo EBX, que reúne empresas nas áreas de mineração, energia e logística, pode ampliar seu plano de investimentos para a próxima década em 25 por cento, afirmou o principal sócio do grupo.

"Nós, que temos um investimento programado de 40 bilhões para os próximos 10 anos, estamos revendo este número para cima, provavelmente para 50 bilhões de dólares," disse a jornalistas neste sábado o fundador e principal sócio do grupo, Eike Batista.

Segundo o empresário, a eventual queda na demanda de mercados desenvolvidos, como de Europa e Estados Unidos, deve ser compensada por mercados emergentes com maior ritmo de crescimento, como China, Tailândia, Cingapura e Indonésia.

Nas últimas semanas, as ações de empresas do grupo na bolsa --, LLX e MMX, OSX e MPX -- foram algumas das que mais caíram, em meio à turbulência dos mercados internacionais, com as crises europeia e norte-americana.

A queda mais forte das ações foi atribuída por analistas ao fato de a maior parte das companhias da EBX estar em fase pré-operacional, o que as deixa mais vulneráveis em períodos de maior aversão a risco no mercado. A petroleira OGX, por exemplo, deve começar a produzir entre outubro e novembro.

Para Eike, o mercado acionário brasileiro foi mais castigado do que seus pares no exterior, mas deve começar a se recuperar a partir de outubro.

De todo modo, ele disse que o grupo está bem posicionado para enfrentar condições financeiras mais agudas no mercado internacional, já que tem um caixa de cerca de 10 bilhões de dólares.
Segundo ele, as empresas do grupo EBX terão juntas um lucro operacional de 15 bilhões de dólares até 2015, número que subirá para 30 bilhões de dólares em 2020, disse Eike neste sábado, durante congresso da BM&FBovespa.
Eike afirmou ainda que outras três empresas do conglomerado que ainda não estão listadas em bolsa, a REX (do setor imobiliário), a CCX (de carvão) e a AUX (de exploração de ouro), devem abrir o capital nos próximos anos.
A próxima deve ser a CCX, no ano que vem. A previsão de Eike é de que a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), no Brasil e na Colômbia, deve levantar até 5 bilhões de dólares.
(Reportagem de Guillermo Parra-Bernal e Aluísio Alves; Edição Fabíola Gomes)

Fonte: reuters.com

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